Oração para o verão

Um mês já se passou e dois meses estão por vir.

22 de Janeiro de 2024


Um mês já se passou e dois meses estão por vir. Meses preenchidos com dias quentes e chuvas fortes - nada morno, nada pouco, pois é a intensidade que rege essa estação. Estamos falando do verão, que desagrada alguns na mesma medida que encanta outros, mas que jamais passa despercebido.  

Agudo, ativo, enérgico. Forte, poderoso, vigoroso. Profundo, vivo, escaldante. A língua portuguesa parece não ter adjetivos o suficiente que consigam captar com exatidão as sensações que esses três meses nos causam. Uma euforia desmedida que molda a sociedade de tal maneira a ponto de se tornar motivo de férias coletivas.   

Nesses próximos dias, a prece é para que a gente saiba apreciar até mesmo uma leve brisa em meio ao dia quente. Que a pele, protegida, aqueça - e com ela, o corpo todo. Que ao encontrar uma sombra, a gente se lembre das pequenas vitórias e também lembre de celebrar cada uma delas. 

Que ele seja vivido à beira do mar ou de uma piscina, mas que ele possa ser apreciado mesmo distante da água, a um simples olhar para o céu azul. Que ele nos tire de casa e nos convide para estarmos ocupando as ruas, as praças, os bares ou mesmo a casa das pessoas queridas.  

O verão, afinal, funciona como um lembrete de que a vida é uma eterna atividade em grupo, impossível de ser atravessada totalmente sozinho. As sensações são individuais, mas a experiência é sempre coletiva. Que estejamos então sempre juntos, em qualquer estação.

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Para Inspirar

Droga que adia o envelhecimento entra em fase de testes

Há, em todo mundo, pelo menos 2.000 estudos sobre a rapamicina. Mas para que viver mais se não frearmos as doenças da idade?

12 de Agosto de 2019


Nós, seres humanos, sempre sonhamos com o elixir da juventude . O elixir da hora é a rapamicina , um imunodepressor comumente utilizado contra o processo de rejeição a órgãos transplantados e que se mostrou eficiente no bloqueio de uma enzima que acelera a divisão celular, atalho para o envelhecimento .

A rapamicina foi descoberta acidentalmente nos anos 1970, na Ilha de Páscoa, ao verificar-­se que evitava casos de tétano em quem andava descalço, apesar das perfurações nos pés — seu nome deriva da denominação aborígine do território chileno, Rapa Nui. Constatou-­se, em camundongos, um aumento de até 38% na
expectativa de vida .

A novidade: a substância entra agora na fase de testes clínicos com mulheres e homens.
Há, em todo o mundo, pelo menos 2 000 estudos simultâneos em torno do medicamento, com o envolvimento das grandes companhias farmacêuticas. Talvez seja a mais fascinante corrida médica da atualidade. Imagina-se que a rapamicina possa reduzir o ritmo do crescimento de alguns tipos de câncer e frear distúrbios neurodegenerativos, como o Alzheimer.

Ela parece ter um efeito semelhante ao de uma dieta de redução calórica, que já se provou eficaz no aumento da expectativa de vida.
A rapamicina atua numa proteína chamada mTOR, que controla parte das respostas do metabolismo a situações de stress. O acúmulo de resíduos e proteínas defeituosas nas células cresce ao longo do tempo e estimula o envelhecimento.

A rapamicina age nessa estrutura “defeituosa”. Funciona como um disjuntor, que liga e desliga o mecanismo, embora carregue efeitos colaterais relevantes. “O complicado é encontrar a dosagem ideal”, diz o geneticista Hugo Aguilaniu, presidente do Instituto Serrapilheira. “Uma dose menor não dá resultado, e uma dose muito alta pode desencadear efeitos colaterais graves, incluindo dificuldade de cicatrização, pneumonia, maior vulnerabilidade a infecções bacterianas e câncer.

É uma troca muito desvantajosa para alcançar a longevidade.”
Vivemos cada vez mais, e desejamos ainda mais tempo — em 1960, a expectativa de vida no mundo era de 52 anos; hoje é de 72. No Brasil, o salto foi de 54 anos, há seis décadas, para 75 anos. A humanidade ganhou longevidade e, ao que tudo indica, conquistará ainda mais fôlego com compostos como a rapamicina.

Mas há um dilema, interessante demais para ser abandonado: de que valerá ansiar pela condição de um personagem como Peter Pan, a inesquecível criação do britânico J.M. Barrie (1860-1937), que não cresce e permanece atrelado à mágica e à ingenuidade da infância, sem problemas de saúde e da mente, se formos incapazes de controlar as doenças do envelhecimento?

Trata-se de uma corrida que traz embutida esperança — a esperança de que, adiando o relógio da morte, seja possível descobrir a cura de alguns males mortais, especialmente os associados ao câncer e à falência do coração. Diz o gerontologista britânico Aubrey de Grey, para quem, numa conhecida provocação, o ser humano que terá 1 000 anos já nasceu, está vivíssimo entre nós: “Nosso corpo será tratado pela medicina como a engenharia lida com uma máquina — danificou, reparou”.

Fonte: Letícia Passos, para Veja
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo original aqui.

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